Meu cortes, amor, não lhe bastou Em outro alguém outrora encontrou calor. Nem todo meu afago me poupou desse seu parto. Minha morte em vida, por muitos passa despercebida, Mas ela não pode ser suprimida E aos poucos me apago... Sem conseguir tocar outras pessoas que porventura eu irei encontrar. Tu eras a fonte que emanava vida... E devagarzinho faço minha sutil despedida. À quem interessar, eis a morte do meu intento de amar.
Mais uma vez o inquilino cessa o contrato como de costume, sem aviso prévio. A antiga moradora deixou tudo quebrado. Mais uma daquelas pessoas negligentes que mal cuidam de suas próprias coisas, quem dirá das dos outros. O telhado do coração foi rachado, há goteiras de saudade em todos os cômodos, e quando há tempestades de ausência, alagam-se tudo de tristeza. O dono do coração, com muita polidez abriu a porta, meio ressabiado, mas o sorriso e as doses de atenção já fora o suficiente para pôr-se em aluguel novamente, concedendo-a chave. E foi-se instalando... Aconchegou-se confortavelmente, porem aos poucos deixando de cuidar da sua fugaz morada. Eis que o inquilino deixou de ouvir as batidas daquele coração, e então ele deixou de entoar a orquestra que o fazia pulsar de alegria simplesmente por aluem ô habitar. E a história só declina... O coração então percebeu.... Ele anseia por alguém que não aja pela carência, os intitulou de peregrinos da paixão, que vivem de alugu